CÃO E GATO
Por: Joana Rita Sousa
Os cães cá de casa, o Félix e o Friqui, não são os melhores amigos dos gatos. Sempre que algum é avistado a partir do quintal, há pulos e ladrar – e não é de alegria. A verdade é que nunca foram socializados com gatos. E por isso o convívio parece difícil.
Há uns anos o meu irmão adoptou uma gata, a Loo e uns tempos depois um cão, o Kioko. O Kioko é um bulldog francês: gosta de passar o dia a dormir, é pachorrento e também é brincalhão. A adaptação correu muito bem, pois o Kioko era um bebé quando conheceu a Loo. Não podemos esquecer que se tratam de dois animais territoriais, pelo que a socialização deverá ser gradual.
PEQUENOS PASSOS
Numa primeira fase pode ser introduzido no espaço do animal já residente alguns elementos com o cheiro do novo animal. Desta forma vai-se tornando comum e familiar o novo cheiro.
Pode optar-se também por deixar entrar o animal residente numa divisão da casa onde esteve o novo residente, mas sem a sua presença. O objectivo? Que os cheiros se vão misturando.
O animal que vai chegar ao agregado poderá começar por ter um espaço restrito. Sem a presença física, o animal residente começa a cheirar, a ouvir, a sentir a presença do novo amigo. A apresentação formal deve ser sempre supervisionada e acompanhada.
Para evitar que o animal residente se sinta trocado é importante dar-lhe mais atenção, passar mais tempo com ele.
No caso dos gatos é importante que o gato tenha um espaço onde só ele possa aceder, para que se possa esconder e/ou isolar do cão sempre que necessário.