Companheiros que podem
salvar vidas
Por: Joana Rita Sousa
Como dog lover que sou gosto de ler sobre cães, o seu comportamento, mas também sobre aquilo que ainda não sabemos sobre eles. Ainda há muito para descobrir sobre o funcionamento do cérebro do cão – e também do gato!
Há algum tempo ouvi falar sobre cães de assistência treinados para detectar crises de diabetes. Impressionante, não é? E é incrível ler os relatos das pessoas que têm, no seu amigo de quatro patas, um verdadeiro herói.
- Um super-poder denominado olfacto
A Medical Detection Dogs é uma organização não governamental, inglesa, cujo trabalho inclui o treino de cães para acompanhar pessoas com diabetes, com epilepsia ou até patologias cardíacas.
Li recentemente que os cães são capazes de farejar alguns compostos presentes em doenças como o cancro ou a malária. Afinal, o olfacto dos cães é quarenta vezes superior ao dos humanos. Impressionante, não é? - E as alergias?
Sobre a ideia ancestral de que ter cão ou gato em casa é um factor desencadeador de alergias: há estudos que comprovam precisamente o contrário. Ter um destes companheiros por casa ou no quintal pode, até, contribuir para um risco menor de alergias ou asma. Há que considerar, ainda, os efeitos positivos que tem a presença de um animal de estimação, na vida de uma criança, por exemplo. Pesquisando na internet encontramos vários casos de crianças com problemas de saúde variados e que têm no animal de companhia um amigo que os ajuda a lidar com os desafios diários. Em Portugal há cães que acompanham pacientes nas mais diversas terapias, tanto do foro psicológico, como físico. - Para lá do cão e do gato
Por curiosidade partilho convosco que não são só os cães ou os gatos que podem salvar vidas. Também as ratazanas podem farejar doenças como a tuberculose. Moçambique, Etiópia e Tanzânia são alguns dos países afectados pela doença e onde contam já com cerca de onze mil análises (nota: as ratazanas farejam a expectoração e depois disso há sempre recurso a testes de laboratório).
Há outros animais que são capazes de se curar a si mesmos. Um exemplo? O elefante: as fêmeas induzem o parto alimentando-se de folhas de algumas árvores. Ou os lagartos, que procuram raízes para combater a mordidela da cobra.
A natureza é, sem dúvida, um mundo – com tanto por descobrir.
O autor não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.
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