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adoptar cães adultos

A estabilidade


Por: Joana Rita Sousa

Não sei há quantos anos não há um cachorrinho cá por casa. Confesso que nem me lembro bem da última vez. Talvez há uns vinte anos, ou mais.
A adopção de cães já crescidos tornou-se um hábito: por decisão das pessoas humanas ou dos próprios patudos que, ao que parece, sabem escolher a porta onde vão parar. A minha, pois claro.

Sim, é muito giro vê-los crescer: as bolinhas de pêlo rapidamente se transformam em patudos irrequietos. Quando adoptamos um cão que já deixou de ser júnior, não assistimos a essa transformação. Assistimos e vivemos uma outra série de coisas.

A estabilidade, por exemplo. O cão adulto é, por norma, mais estável e tranquilo. Há toda uma fase de “roedores”, típica dos primeiros meses de vida, que nos é poupada enquanto adoptantes. E isso é algo a ter em conta quando queremos partilhar a nossa casa com o patudo. Há um grau elevado de independência com o qual podemos contar e que poderá ser um factor decisivo para uma adopção responsável e integrada, por parte da família, por exemplo.

É também por isso que poderá ser uma boa solução para um primeiro animal de estimação: aprenderá muito com o patudo e este será mais facilmente moldável à aprendizagem de rotinas. Ou mesmo no que a treinos diz respeito. Podemos aprender alguns truques em livros, vídeos ou programas de televisão – ou até mesmo levar o patudo a algumas aulas com treinadores. E a facilidade de aprendizagem é sempre maior.

a gratidão


E a gratidão? Um cão de rua ou que tenha sido resgatado por uma associação e viva num albergue é de uma gratidão profunda. De repente nós transformamo-nos em heróis e os patudos olham para nós como verdadeiros salvadores de vidas. Conheço casos de abandono de cães com um ano ou ano e meio, cuja razão aparente é “cresceu demasiado” ou “não estava à espera que ficasse assim”. Adoptar um cão jovem/adulto é garantia de que daquele tamanho não passa e que, desta forma, sabemos com o que podemos contar. E acreditem: o tamanho, o porte do patudo é um critério fundamental para a adopção e para a partilha de casa. Por vários motivos: a alimentação exigida, o número de passeios, o próprio espaço que lhe será reservado em casa (por exemplo, num apartamento ou no quintal da nossa casa).

Resgatar um cão jovem/adulto ou levá-lo para casa após a estadia num albergue ou canil significa, em última instância, que esse animal vai ter sempre um brilhozinho nos olhos ao ver-nos. Que vai fazer sempre uma festa enorme quando regressarmos a casa. Para ele, as duas horas que estivermos fora vão parecer uma eternidade. Bom, e para nós... também! Lembro-me de um casal de adoptantes que foi ao albergue da UPPA – União para a Protecção dos Animais fazer uma visita para adopção do seu primeiro cão. Após duas visitas e vários passeios com patudos que cumpriam os critérios de porte e idade, o casal decidiu o patudo com o qual tinha criado empatia. E ao final de quatro dias em casa, uma das adoptantes confessou à equipa das adopções que era impressionante como, durante o dia, no trabalho, já tinha saudades do fiel amigo de quatro patas. É mais uma razão para adoptar um cão: as saudades, em bom.

O autor não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.

o Farrusco

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