Profissões inesperadas
Por: Joana Rita Sousa
Como? Um cão no dentista? Um gato no escritório de uma grande empresa? Já repararam nas últimas notícias que se espalham pelas redes sociais sobre as “profissões” mais inesperadas dos cães e gatos?
Há pouco tempo, encontrei um artigo que mencionava um consultório que tem na sua equipa um cão para ajudar os pacientes a relaxar no momento da consulta. Estamos a falar do dentista – e nós sabemos bem como ir ao dentista pode constituir um momento de stress, para miúdos e graúdos.
Já são vários os lares de idosos que integram os animais de estimação no seu dia-a-dia, adoptando e acolhendo cães e/ou gatos que passam a fazer parte da vida dos seus utentes. Alguns hospitais e centros de recuperação contemplam terapias com animais – talvez a hipoterapia seja um dos casos mais conhecidos de todos nós;
É fácil encontrar relatos de pacientes depressivos que viram na companhia de um animal uma força e um amor incondicional capazes de transformar a sua vida. Acariciar um animal, dar e receber mimos são gestos que nos acalmam e nos tranquilizam.
Talvez não tenhamos ideia das múltiplas ocasiões em que a presença de um animal de estimação salvou a vida a alguém ou a ajudou num momento menos positivo. E se já é brutal a companhia que os animais nos fazem, dia após dia, imaginem poder contar com o olhar terno de um cão ou o ronronar de um gato numa situação de pós-operatório ou de recuperação de um acidente grave. São imensos os relatos que podemos encontrar, à distância de uma pesquisa num qualquer motor de busca.
rotinas saudáveis
Além disso – e esta notícia vale para todos nós, independentemente do nosso estado de saúde – ter um animal “obriga-nos” a algumas rotinas que nos tornam mais activos – o passeio por exemplo. E é nesse passeio que, muitas vezes, acabamos por conhecer os vizinhos que partilham a mesma praceta do que nós, mas com quem nunca tínhamos trocado um “bom dia” ou “boa tarde”. Ter um cão é sempre uma boa desculpa para a conversa: todos temos histórias para contar sobre o nosso amigo de quatro patas, não é verdade?
Por aqui, há dias em que o Félix é convidado a participar nas tarefas do home office. Como? Bom, faz companhia, roendo um biscoito no sofá enquanto eu falo alto e peço conselhos sobre a melhor forma de escrever isto ou aquilo. O Félix não é muito de dar a sua opinião, mas lambidelas... isso é com ele! E parece gostar sempre do que escrevo – e do biscoito. Do biscoito, então...
O autor não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.
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