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A epilepsia


Por: Sara Calisto

A epilepsia é uma doença que afeta muitos seres humanos e também pode afetar os nossos amigos de 4 patas. Normalmente, é uma doença crónica que se caracteriza por uma atividade elétrica anormal excessiva do cérebro desencadeando movimentos no animal, as chamadas convulsões.

cão
veterinário

Causas da epilepsia


Quanto às causas podem ser classificadas em:

  • Idiopáticas

Sem causa aparente, está diagnosticada em cerca de 25/30% dos cães com convulsões e é rara em gatos.

  • Intracranianas

35% dos cães, e a maioria dos gatos com convulsões, tem uma causa intracraniana (como anomalia, inflamação, neoplasia, entre outros).

  • Extracranianas

Estão relacionadas com tóxicos, alterações metabólicas ou endócrinas.

 

Episódios convulsivos


Normalmente num episódio convulsivo pode-se distinguir 4 fases:

  •  Pré ictus:

Precede uma convulsão e normalmente é difícil de identificar, tem duração variável podendo ser de dias. Neste período normalmente o animal está agitado e inquieto.

  • Aura:

Período imediatamente antes de uma convulsão. Normalmente os donos podem notar que o animal está “estranho”, pode apresentar vómitos, salivação, urina ou fezes, comportamentos como ladrar, lamber, entre outros.

  • Ictus:

É a convulsão propriamente dita. Pode ter uma duração, intensidade ou até apresentações diferentes, como a perda de consciência, rigidez, movimentos repetidos, perda de tónus e/ou colapso.

  •  Pós ictus:

Período após a convulsão. Alguns animais podem apresentar alterações de visão, micção inapropriado, alterações de marcha, entre outros.

cão
cão

Epilepsia sem causa diagnosticada


No caso de uma epilepsia sem causa diagnosticada, a primeira convulsão ocorre entre os 6 meses e os 3 anos e é rara em gatos.

Pode estar relacionada com fatores genéticos, em pastores alemães, pastores belgas, beagles, labradores, entre outros.

A frequência das convulsões é variável e pode estar associada a episódios de stress, ansiedade, ou até mesmo estímulos como sons, excitação ou exercício

O que fazer e como tratar?


Se o seu cão tiver uma convulsão deve:

  • Afastar objetos para que não bata com a cabeça ou se magoe.
  • Manter a calma.
  • Evitar grandes estímulos (luzes, barulhos, etc).
  • Administrar a medicação SOS, normalmente via rectal, caso já tenha essa indicação.
  • Procurar ajuda Médico Veterinária.

O tratamento irá depender da etiologia das convulsões, sendo que na maioria das vezes o veterinário tem que iniciar terapia anticonvulsivante para controlar as crises. Raramente se consegue um controlo total das convulsões, mas sim uma diminuição da sua frequência e gravidade.

É importante haver um registo dos tutores, a fim de perceber o padrão das convulsões, assim como controlos periódicos veterinários para ajuste dos fármacos.

Não se esqueça que estando em episódio convulsivo deve procurar ajuda, uma vez que as convulsões podem causar falta de oxigenação cerebral e morte neural, provocando lesões que podem ser irreversíveis! É importante ter medicação SOS e parar o episódio o mais breve possível.

cão deitado

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