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Quando a Cegonha Chega pela Segunda Vez


A chegada de um irmão é um momento de sentimentos contraditórios para a maioria das crianças: alegria, receio, angústia, amor e ciúmes convivem lado a lado e podem levar a comportamentos inesperados por parte das crianças.

Saiba como preparar e ajudar o seu filho a desfrutar deste momento tão importante.

 

IDADE

C.C. era mãe há sete anos quando decidiu ter um segundo filho. “O R. foi um bebé difícil, chorava muito, estava constantemente com otites e isso gerou muito cansaço e retirou alguma estabilidade ao casamento. A primeira noite em que dormi até de manhã já ele tinha dois anos.” Quando, com a morte dos avós maternos, C.C. tomou a grande decisão de voltar a ser mãe, R. reagiu muito bem: “Explicámos-lhe que ia ter um irmão ou uma irmã, como desejava, e falámos sobre tudo o que poderíamos fazer juntos. Ele dizia frequentemente que gostava de ter um irmão e, portanto, foi o concretizar de um sonho.”

A idade é um fator importante no que toca à forma e altura como a criança deve ser preparada para a chegada de um irmão. “As crianças muito pequenas, com maior dificuldade em pensar a longo prazo, e de uma forma abstrata, devem ser informadas um pouco mais tarde, por exemplo, quando a barriga começar a crescer. Com as crianças um pouco mais velhas é importante ter especial cuidado, pois reparam desde cedo nas conversas que os adultos têm sobre o assunto, bem como nas coisas novas que começam a aparecer para o bebé. Neste caso, informe o seu filho o mais cedo possível, para que não se sinta traído ou posto de parte”, recomenda Rute Agulhas, psicóloga, psicoterapeuta de crianças e adolescentes e terapeuta familiar.

 

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ENVOLVÊNCIA

No caso de A.N., cuja segunda filha tem apenas 15 meses de diferença da primeira, a conversa deu-se apenas quando a barriga começou a crescer e de forma muito simples:
“Dissemos-lhe que ia ter uma irmãzinha para brincar”, explica a mãe. Independentemente da idade do primeiro filho, a chegada de um irmão pode sempre envolver algum ciúme e receio: “a criança, que até aí gozava de uma total exclusividade do pai e da mãe, não tendo de partilhar os mimos e a atenção, pode sentir-se, de repente, invadida no seu espaço pessoal e familiar”, refere Rute Agulhas. Assim, é importante que a criança se sinta envolvida em todo o processo, desde o momento em que se prepara a receção ao bebé até aos cuidados prestados após o nascimento.

“Depois de informar o seu filho de que vem um bebé a caminho, faça-o sentir-se parte integrante de tudo o que está a acontecer. Valorize o facto de ele ser o irmão mais velho e saliente a importância que isso tem, sem exigir, no entanto, que ele cresça de repente.

Converse com ele e peça a sua ajuda para escolher as coisas do bebé, valorizando a sua opinião. Acima de tudo, faça-o sentir que tem um papel importante na família e que não foi, nem será nunca, posto de lado!”

Depois do nascimento é importante que a criança se continue a sentir envolvida nos cuidados do bebé: “depois de o bebé nascer, solicite a ajuda do irmão mais velho em algumas tarefas simples como, por exemplo, ajudar a mudar as fraldas, a dar a papa ou a escolher a roupa que o bebé irá vestir.”

TEMPO

Foi isso que tanto C.C. como A.N. fizeram, adaptando, claro, a experiência à idade das crianças: no caso de L., com menos de um ano e meio quando a irmã chegou, a participação era limitada à observação dos banhos e mudanças de fralda, mas mesmo isso pode fazer a diferença. “Sentir-se parte integrante na vida do bebé e da família irá fazer com que a criança se sinta responsável, importante e valorizada”, sublinha a psicóloga.

Reservar tempo, mesmo numa altura tão exigente, para o filho mais velho também é fundamental, recorda a psicóloga: “Reserve um tempo especial (10 ou 15 min. por dia podem ser suficientes) para estarem juntos, podendo conversar sobre várias coisas, brincar, fazer um jogo, ler um livro, passear, etc., para que, independentemente do número de irmãos que venham a caminho, o seu filho possa continuar sempre a sentir-se especial”.

Ainda assim, é comum que, com a chegada de um irmão, as crianças apresentem algumas diferenças no seu comportamento. R., por exemplo, quis voltar a experimentar o biberão – “a criança poderá evidenciar algumas regressões ao nível das suas aprendizagens e aquisições, na tentativa de chamar a atenção e de continuar a ser o bebé dos pais; por exemplo, voltar a fazer chichi na cama, quando já não o fazia, pedir para voltar a usar a chucha, deixar de comer sozinho, etc.” Não se preocupe: este comportamento tende a desaparecer à medida que a criança fica mais confortável com a presença do irmão mais novo e aprende a dividir a atenção dos pais com o novo bebé. Porém, caso este comportamento se mantenha, a ajuda de um psicólogo pode ser importante para que a criança ultrapasse esta fase.

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5 PASSOS PARA AJUDAR O SEU FILHO A ACOLHER UM NOVO IRMÃO

  • Adapte a forma e altura do anúncio da chegada de um irmão à idade do seu filho.

  • Esteja preparado para responder às questões que um irmão pode implicar, como por exemplo “De onde vêm os bebés?”

  • Envolva a criança na vida do bebé, tanto no caso dos preparativos para a chegada como nos cuidados após o nascimento.

  • Reserve sempre tempo de qualidade para o seu filho mais velho, de modo a que não se sinta “esquecido”.

  • Não dramatize caso o seu filho apresente comportamentos de regressão: não se tratam de birras mas de simples chamadas de atenção, naturais nesta fase e, geralmente, transitórias. Caso o comportamento se mantenha, ajude o seu filho levando-o a um psicólogo.

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