VINHOS: DESCOMPLICAR A ESCOLHA CERTA!
O vinho é uma das bebidas de eleição dos portugueses. Entre brancos, tintos, maduros (verdes), espumantes e vinhos generosos, Portugal é o país de origem de quase 300 castas, a que se juntam variedades originárias de outras geografias, produzidas nas 14 regiões vitivinícolas demarcadas.
Na hora de harmonizar vinho e comida, os especialistas garantem que não há regras cegas. Um tinto leve e frutado vai bem com um peixe rico em proteína, como um branco encorpado pode ser a combinação perfeita para alguns pratos de carne. E até os espumantes podem ter lugar à mesa, a solo ou numa refrescante sangria.
Veja alguns conselhos úteis para ir além da máxima tinto para carne e branco para peixe, sem esquecer que cada região do País tem ofertas de grande qualidade para diferentes ocasiões.
- Vinhos tintos de sabor intenso e de estrutura complexa animam pratos de carnes vermelhas com mais gordura, ajudando a equilibrar o sabor. Também funcionam bem em pratos mais salgados – com enchidos – ou com molhos ácidos (tomate).
Sugestões: Tejo, Douro, Alentejo
- Espumantes e frisantes secos e leves são uma ótima companhia para entradas e aperitivos. Ajudam a abrir o apetite e a limpar o palato.
Sugestões: Bairrada, Távora-Varosa
- Peixes gordos, como a sardinha ou o salmão, casam bem com vinhos brancos de acidez pronunciada. Sabores mais suaves alinham com refeições leves e peixes brancos.
Sugestões: Bucelas ou Alvarinho
- Nos pratos com níveis de acidez elevada, o vinho deve seguir a mesma tendência. Com as sobremesas aplica-se a mesma regra: vinhos doces, licorosos e fortificados são os mais adequados.
Sugestões: Porto, Madeira, Moscatel
- Um vinho branco com estrutura é uma excelente alternativa ao tinto nos churrascos de primavera e verão. Um espumante ou um rosé também são opções a considerar.
Sugestões: Douro, Alentejo ou Trás-os-Montes.
- Queijos de sabor forte pedem vinhos de sabor pronunciado.
Sugestões: Dão, Trás-os-Montes, Palmela (casta Castelão)
Cada região, seu sabor
As particularidades de cada região determinam as características do vinho.
Zonas próximas do mar, mais húmidas (Minho, Lisboa, Açores ou Bairrada), dão vinhos com níveis de acidez pronunciada, leves, frutados e com teor de álcool baixo.
Zonas frias e graníticas (Dão) propiciam vinhos elegantes e intensos de sabor.
Em regiões quentes interiores (Alentejo e Tejo) nascem vinhos encorpados e frutados.
Já a influênciada montanha (Douro e Trás-os-Montes) dá vinhos robustos e de sabor complexo.
Vinho DOC vs. vinho regional qual é a diferença?
As designações DOC (Denominação de Origem Controlada) e Vinho Regional indicam que o vinho é produzido numa região delimitada por características próprias (solo, clima, processos de produção).
- O selo DOC assinala vinhos que seguem todas as regras que particularizam a região (técnicas e castas autorizadas, nas proporções devidas, etc.).
- Já o vinho regional garante que este é produzido nas mesmas denominações (31 ao nível nacional), mas não seguiu um ou mais critérios DOC. Um vinho que difira da norma na proporção ou combinação de castas não pode ser DOC, não sendo necessariamente pior.
